A moda não pode ser pensada fora da esfera política e seus impactos sociais. Pensar e criar moda — ou através dela —, é um ato político. Aqui, na Maria Tangerina, não poderia ser diferente. Nossa escolha em priorizar matéria-prima e trabalhadores locais, valorizando cada fornecedor e buscando compartilhar informação sobre esses aprendizados de forma transparente, é uma escolha política.
Apesar do otimismo, a indústria brasileira encerrou fevereiro abaixo do patamar pré-pandemia, só o patamar de produção do segmento de confecção de bens de vestuário esteve 18% menos do que esperado em relação a 2020. O recuo na produção é reflexo de uma mudança no estilo de vida e consumo, tal como em políticas internas e externas que impactam diretamente todos nós.
O salário mínimo atual fixado pelo governo é, pelo menos, cinco vezes menos do que deveria ser necessário para se viver dignamente no Brasil.
"Hoje, uma cesta básica equivale a 56% do salário mínimo. Se a família gasta com aluguel, itens de higiene e transporte — sem considerar os reajustes que acontecem no ano —, muito provavelmente essa pessoa não tem como pagar o que está previsto na legislação. Alguma coisa vai ficar de fora", analisa Catharina Sacerdote, economista e consultora econômica.
Além do salário mínimo não ser ideal, diversos aumentos em itens como o combustível, também impactaram o valor final dos produtos de consumo. Os valores dos nossos fornecedores foram subindo gradualmente; começou nas embalagens e logo chegou nos tecidos, nos demos conta logo no início que caminhávamos para essa decisão, mas adiamos como podíamos tentando absorver os custos de produção.
Para um negócio ser sustentável, ele precisa ser economicamente viável e sem equilíbrio do gerenciamento produtivo e financeiro, não conseguiríamos seguir trabalhando dentro dos vieses que tanto acreditamos. A decisão de subir o preço de um produto que desejamos que se torne acessível é sempre muito difícil.
4 notícias que podem te ajudar a entender o aumento de preços no setor têxtil e vestuário
Para te ajudar a entender porque atravessamos esse aumento de preços, separamos 4 notícias sobre os impactos da política e da economia nas altas:-
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O que vai subir na Maria Tangerina?
Os nossos produtos não sobem de valor na mesma proporção porque consideramos os custos produtivos individuais. Itens como a clássica pochete, cintos, estojos e carteiras terão os preços menos impactados do que, por exemplo, a Bolsa Viga. Confira alista do que vai subir de preço em primeira-mão:
Tote Grande: R$369Tote Média: R$349
Tote Mini: R$319
Pochete: R$169
Viga Média: R$399
Viga Pequena: R$369
Porta Cartão: R$109
Carteira Zíper: R$129
Cinto: R$129
Estojo: R$129
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