Nessa época do ano sempre fica uma questão meio nebulosa quanto a se as marcas independentes devem ou não participar da Black Friday. Nesse ano resolvemos participar com uma ação que não fosse puramente uma promoção e decidimos compartilhar algumas reflexões sobre o assunto.
Estamos sempre estudando e conversando com o nosso público, ou seja você, e a partir disso desenhamos as ações que trazemos aqui. Com o #TangerinaFriday não poderia ser diferente. Há algumas semanas atrás abrimos o questionamento para quem ainda não é nosso cliente, perguntando qual era o impeditivo, entra as respostas a maior parte era se referindo ao frete alto pra algumas regiões do Brasil (estamos trabalhando e pra solucionar isso também) e o valor das peças que não é acessível para todos. Com esses dados em mãos decidimos lançar um incentivo para todos que se programaram para adquirir itens que estão namorando a tempos nessa data de consumo.
Quem conhece a gente a mais tempo sabe que não trabalhamos com promoção, principalmente por dois motivos, não produzimos em larga escala e por isso não temos uma sobra de produtos ao fim das coleções (e também não produzimos no formato de coleções sazonais), e nossa margem de lucro é baixa, não fazemos o preço pensando em ter grandes promoções depois, como grandes marcas costumam fazer, por isso vocês vão ver que o desconto do #TangerinaFriday não é muito alto.
Esse desconto não visa ser um gatilho de consumo, mas um incentivo para quem se organizou e esperou o momento de ter uma peça nossa. Nós não desejamos que você compre desenfreadamente com a gente, mas que pense com carinho se precisa de uma peça pra determinado uso, e aí sim lembre da Maria Tangerina.
Por último mas não menos importante, queria lembrar que num mundo justo não seria necessário ter Black Friday, pois todos teríamos acesso aos itens que precisamos ou desejamos, sem precisar de uma liquidação exagerada para isso. Pra levar essa discussão sobre consumo mais longe precisamo pautá-la politicamente, cobrando relações mais éticas de trabalho não só das empresas que consumimos mas também das pessoas por trás da lei, porque é através de políticas públicas que poderemos sonhar com a garantia de igualdade através do trabalho.
Fica um convite pra assistir o vídeo "O que socialistas pensam sobre consumo?" da Sabrina Fernandes da Tese Onze
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